Poluentes propiciam o ressurgimento de algas e bactérias primitivas
A alta quantidade de poluentes e esgoto lançados ao mar está causando o ressurgimento de formas primitivas de vida aquática. O processo também é responsável pela morte de outros organismos e pode afetar a saúde das pessoas.
Ao levarem uma amostra para o laboratório da Universidade de Queensland, biólogos marinhos identificaram aquela alga como lyngbya majuscula, um tipo de cianobactéria, que reinou no mar há mais de 2,5 bilhões de anos.
As mudanças estão acontecendo por causa das alterações ambientais, que modificaram a química dos oceanos. O lixo industrial lançou uma grande quantidade de nutrientes básicos como nitrogênio, carbono, ferro e fósforo.
Outros episódios ocorrem em todo o globo. Na Suécia, a cianobactéria prolifera durante o verão, deixando uma parte do mar Báltico com um forte odor, que causa sufocamento nas pessoas e morte de milhares de peixes.
Na Flórida, habitantes de cidades litorâneas perceberam que a quantidade de algas tem aumentado, assim como a sua resistência. As toxinas causaram danos não só à fauna marinha: parte da população local sofreu problemas respiratórios. Já na Espanha o número de águas-vivas aumentou de tal forma que é necessário amarrar uma rede para proteger os nadadores.
Corais
Os corais do litoral norte-americano, conhecidos por hospedarem um ecossistema próprio, também sofrem com a poluição. O número de bactérias e algas que impedem a passagem de luz solar, atrapalhando o desenvolvimento dos corais, também tem crescido. O fenômeno ocorre devido ao despejo nas águas de fertilizante usado nas plantações de cana-de-açúcar e laranja. O produto é rico em nitrogênio, um dos nutrientes básicos para formas de vidas primitivas.
Outros agravantes para a preservação dos corais são a queima de combustíveis fósseis e o esgoto doméstico. O dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio presentes na atmosfera vão para no mar, formando uma substância que destrói o exoesqueleto rico em cálcio dos corais. Uma pesquisa feita pela Universidade de Flórida, detectou bactérias humanas como Serratia marcescens, também que também destroem boa parte de recifes de corais.
Os efeitos da poluição se mostram também na vida de quem depende do mar. Pescadores encontram dificuldade em encontrar crustáceos, como camarões e lagostas, além de não ter condições de comprar equipamentos para proteger da ação tóxica das algas e bactérias. Uma saída encontrada por pescadores norte-americanos do estado da Geórgia foi substituir a pesca de camarão por água-viva. Durante todo o ano, cerca de 450 mil toneladas de águas-vivas são pescadas, o dobro da quantidade de uma década atrás.
fonte: CONPET
3 comentários:
Nossa, é deprimente vermos o que o ser humano esta fazendo com o nosso planeta
Realmente é deprimente, e é isso que nos motivou na criação dessa ONG
parabens pelo trabalho de vocês, muito importante essa iniciativa de ajudar a natureza e etc.. realemnte é muito triste ver o que está acontecendo com o planeta por culpa do homem..
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